TEMOS UM GATO!! A Marta finalmente conseguiu o que tanto queria. Arranjámos um gato bebé cà para casa e estamos muito contentes com o nosso novo “room mate”. Fomos busca-lo a uma loja de tapetes onde um senhor muito simpático noss recebeu com chá de maçã e tudo. No meio de isto tudo, conhecemos o boss de Istambul, o dono da loja de tapetes, três restaurantes, um café onde se fuma xixa, um hotel e mais uns negócios nos Estados Unidos. Este simpático senhor (cujo nome não me vem à memória) ofereceu-nos um petisco mesmo bom num dos seus restaurantes, claro que não podiamos recusar, é má educação recusar um convite na Turquia. E ainda bem que não o recusámos.
Mas voltando ao gato! Demos-lhe um nome turco claro, Kebap. Que, para além de comida, significa relaxado, tudo o que ele não é. Nunca vi gato mais hiperactivo que este. Passa a vida a correr atrás de coisas invisíveis, trepar cortinas, sofás e pessoas. Parece um macaquinho, mas muito querido. Acho que não é preciso dizer que o Fred e a marta se apaixonaram logo por ele. Eu, que não sou grande fã de gatos, demorei um bocado mais a habituar-me à ideia, mas adoro-o. É um bebé! É impossível resistir-lhe!
TEMOS UM UKULELE! No outro dia saímos de casa com um objectivo: comprar um instrumento para o Fred. Ele não consegue mesmo viver sem a sua música. Estava indeciso entre uma guitarra normal, um ukulele e uma guitarra turca. Mas, depois de muitas incertesas e pressão por parte do vendedor, conseguimos um ukulele (uma guitarra havaiana pequena).
(ver foto: E aqui estamos nós, cada um com o seu bebé. Apresento-vos: Kebap, ukulele e narguile. Todos em ponto pequeno)
Venham conhecê-los, a casa está sempre aberta. Mas com uma condição! Têm de trazer pelo menos 3 destes ingredientes que não existem na Turquia e temos muitas saudades: fiambre, porco, bacalhau, leite condensado, bom vinho, oreos ou todo o tipo de enchidos (chouriço, morcela, farinheira, linguiça.. whatever).
De resto está tudo bem, as aulas já começaram e claro que são em turco, o que não facilita mas desenrascamo-nos muito bem. Já temos trabalhos para fazer por isso, o tempo para passeios diminuiu drasticamente, mas muitas aventuras ainda estão para vir.
Por aqui me fico, tenho dito. Mariana
PS - peço desculpa pelos erros, mas eu não sei funcionar com isto.. [post em construção]
A Mariana fez anos!!! E depois de muitas voltas até ao centro de Istambul ela conseguiu um telemóvel por 50 liras, aqui mesmo em Besitkas! Ah e mais um carregador por 10 liras, porque os três telemóveis e três carregadores que ela trouxe estão todos de greve aqui na Túrquia. Na noite da Mariana, estávamos a preparar para sair e as nossas queridas senhorias Deniz e Dilan apareceram cá em cima com uma garrafa de Tequilla e 6 copinhos com sal e limão. Cada um bebeu 4 shots para acabarmos com a garrafa. Seguimos para um barzinho simpático com a nossa alemã Ula e conhecemos o canadiano Curtis e o alemão Axel. E momentos antes a nossa amiga protuguesa Mariana deu de presente à Mariana aniversariante uns folhados de pistacho chamados Baclava. A nossa prenda para ela foi um Narguile :D que a fez tão feliz a ela e a nós porque é muito prático ter uma coisa daquelas cá em casa! À volta para casa de noite, apanhámos um táxi, como éramos 4 ficava quase o mesmo preço de apanhar o dolmus e este não vai até à nossa rua, mas tivemos a sorte (ou o azar) de ir com o taxista mais louco de Istambul: como estávamos um bocado aceleradas pedimos ao senhor para aumentar o volume do rádio e ele abusou! Estávamos a ouvir uma compilação do Michael Jackson aos altos berros e a curtir imenso a viagem. Tivemos a nossa grande desilusão turística: o Grande Baazar que tanto se lê nos guias e que têm coisas bonitas e baratas onde as pessoas podiam regatear… Na verdade não é bem assim, aquilo parece mais um supermercado com as bancas arrumadas e indicações! À entrada uma senhora passou com um aparelho nas nossas malas e câmaras :S À saída vimos uma pequena apresentação de uma dança estranha por uns homens vestidos com umas saias brancas! Para voltar para a nossa zona temos que apanhar um ferryboat por 1,5 liras (mas como temos um cartão tipo passe que vamos carregando fica mais barato), mas decidimos ir dar uma volta por dentro do parque Günhane. Houve um dia que a Ula levou-nos ao meio-dia a um minúsculo restaurante típico ali em Besiktas para tomar o pequeno-almoço turco, que consiste em: queijo com mel, pão, azeitonas, tomates, pepinos, queijo de cabra (que o Fred adorou) e ovos estrelados. Para nós foi já um almoço. Pagámos 10liras cada mas outros testemunhos dizem que é mais ou menos consoante o humor do senhor.
Nessa tarde decidimos ir a Ásia de ferry :D quando pisámos o outro continente não sentimos grande diferença, mas vimos uma coisa pela primeira vez aqui: Ciganos! Não fomos aos sítios turísticos então o que passeamos por bairros bonitos até começar a chover. E nisto é sexta e tinha-nos prometido uma erasmus party. Entretanto conhecemos um miúdo Grego/Italino que é da nossa universidade Yildiz! Mas do curso Relações Politicas Internacionais (ou qualquer coisa desse género) e ele foi excelente porque nos avisou que ia haver uma reunião de estudantes Erasmus as 17h30 na Yildiz. Mas antes disso peguei no Fred e fomos à procura do Parque Yildiz! Andámos uma rua enorme sempre com um muro a separar-nos do parque até que chegámos a uma parte na rua principal paralela ao mar, e aí na Policia encontrámos uma entrada! E raios partam os turcos e a sua mania de ruas a subir e descer muito íngremes! Acho que a cena é: é melhor ir para lá de carro e depois passear por lá porque há muito que explorar. Nesse café uma tosta mista era 4 liras, um bolo de chocolate 5,5 e água 1 e esta foi a mais estranha que vimos porque veio em copinhos fechado de plástico, tipo iogurte!
A reunião até nem foi má, aliás ajudou-nos, e ajudará se precisarmos de alguma coisa, mas os powepoint mataram-nos! Este grupo para além de ajudar, organiza festas e viagens a fora de Istambul o que me parece muito bem. Parece que vai haver uma Flash Mob e uma parade de Erasmus de outros países. Jantámos todos juntos num restaurante aqui em Besiktas com uma vista bonita para o Bósforo (muito bonito para levar alguém especial) e comemos kebap e dümers por 8 e 6 liras incluindo aperitivos picantes e chá. Na nossa mesa estavam dois checos super cómicos e simpáticos. Seguimos todos para Taksim e enfiaram-nos a nós, 25 erasmus, dentro de um bar escuro pequeno e com mau gosto na musica. Então juntamente com os checos fugimos para casa deles por um bocadinho onde conhecemos outros eramus e foi muitooo engraçado. Entretanto o nosso amigo turco Çagatay disse-nos para irmos para um night club chamado Peyote, mas o grupo onde estávamos queria ir para uma festa tecno e eu disse ao Fred “se virmos o tal bar onde eles estão podemos ir lá?” ao qual respondeu “qual é a probabilidade de encontrarmos nestas ruazinhas todas esse bar especifico?!” e onde é que era a festa tecno? No Peyote!! Depois de umas horinhas lá a dançar, eu e a mariana rodeada de miúdos estranhos mas simpáticos (incluindo um Antonio Banderas versão francesa) seguimos para uma festa de drum and bass! Aí sim foi agressive, primeiro estavam a cobrar aos rapazes 6 liras e o club estava vazio e quando eles viram que ninguém ia entrar fizeram grátis :P Parece que a casa-de-banho era muito peculiar porque era tirada de um filme de terror! E chegou esta manhã, sábado, e era a nossa vez de irmos comprar e arranjar o pequeno almoço turco, com todas aqueles ingredientes que eu referi em cima e soube-me mesmo bom! Ainda me derreto toda sempre que vejo um gatinho a ser querido comigo e me deixa pegá-lo e fazer festas… E por isso hoje decidi
AMANHÃ VOU ARRANJAR UM GATO AQUI PARA O NOSSO ANDAR :D
Lista de Supermercado (o mais barato até agora encontrado) Leite – 1.69liras Manteiga – 4liras Nesquick 500g – 4.90liras Atum 100g - 2.5liras Água 50ml - 0.5liras Empanadas de carne ou batata - 1.25liras Chá - 1lira Kebab - 3liras Menu Chicken Burguer King - 5.95liras Cerveja 1l - 5liras Baguete - 0.90liras Tres peitos de frango - 3.14liras (no geral é tudo muito barato, mas depois há coisas que não entendemos como podem ser tão caras como o Azeite, a Carne, o Atum e Natas. E nem sequer existe Leite condensado!!)
Sem muito jeito para escrever, peço desculpa pelo meu atraso. Custou, mas foi! Cá vai:
Como disse a Marta, na quinta fui ter com a Mariana e mais o grupo dela de erasmus. Foi mesmo giro, porque como ninguém reconheceu a minha cara, muitos vieram ter comigo e fizeram conversa. Claro que ao fim da noite já não tinha assim tanta piada porque já não conseguia decorar mais nomes e já estava farta de dizer quem eu era, de onde vinha e de ouvir coisas como: “You’re from Portugal!? I love America Latina!!”.
Depois de subirmos 4 andares (sim, porque em Istambul, sempre que queremos ir a algum lado temos sempre de subir grandes rampas ou pelo menos 3 andares de escadas muito velhas e escuras), seguimos para um concerto dos Big Biyir (grande bigode), onde tocam 3 italianos e 1 turco, todos muito talentosos, muito cómicos e com muito bigode.
A meio da noite dei por mim cara-a-cara com uma miúda que nos estavamos a reconhecer, mas não sabiamos de onde. Passado uns longos segundos de silêncio ela diz: “You’re my portuguese flatmate!”. Era então a alemã Johanna que vive por baixo de nós, mas havia tantas caras naquela noite e somos tantos a viver nesta casa que já não consigo associar nada.
Com tantos saltos, empurrões, conversas e novos amigos fui dormir a casa da mariana onde ainda conheci a banda do concerto. (para as katsbanähs: os turcos são iguais aos Gogol Bordello a falar inglês!! Muita piada!) No fim disto tudo, tive
Sexta!! Acordo lá com as orações deles aos meus ouvidos, pego nas minhas coisas e sigo para ir ter com o fred e a marta para arranjarmos o cartão que torna os transportes mais baratos. No meio da rua, como sempre, muita muita gente! E estão sempre agarrados uns aos outros, homem-mulher, mulher-mulher, homem-homem, homem-mulher-homem, .... há mil e uma combinações, são todos muito amigos!
Lá chegámos até ao sítio onde se compra o passe, cheio de gente (tal como todo o lado aqui em Istambul). Tirámos senha, e tínhamos umas 60 pessoas à nossa. Mas foi rápido porque, quando o homem chamava, se ninguém se aproximasse rápido ele passava os números todos à frente. Por comunicação mímica e monetária lá conseguimos o passe. Mas acontece que o passe não vem com viagens e não era ali que se arranjam as viagens. Por isso, ficámos com um cartão inútil até descobrir onde se compravam as viagens.
Seguimos para o Bazaar das Especiarias onde andamos pelo meio de ruas muito estreitas, cheias de gente, cheiros fortes e cores por todo o lado. Homens andavam atrás de nós com perfumes a tentar vender em todas as línguas possíveis e imagináveis. Em cada loja que se passa ouve-se alguém a tentar chamar-nos: “Merhaba! Hello! Bonjour! Hola! Ciao!”. A Marta combinou connosco que se alguém fala-se connosco em português que ela comprava seja o que fosse que ele estivesse a vender, mas isso não aconteceu. Como é óbvio ninguém fala português aqui no meio.
Mas, eu consegui descobrir a ponta da minha veia de regateadora (tal como a minha mãe) e, comprei uns suportes para velas mesmo giros por 12 liras em vez de 15. Não regateei muito, mas ganhei-lhe o gosto rapidamente e em breve torno-me profissional.
Para voltar para casa, apanhámos o nosso primeiro barco pelo Cabo do Bósforo. Chegámos a casa e o Fred e Marta cozinharam para todos uma massa com bifinhos e cogumelos, que estava óptima, além de ter leite em vez de nata. Acontece que é difícil distinguir as embalagens no supermercado quando não se fala turco então, a Marta trouxe iogurte em vez de natas.
Nesta noite, ficámos em casa a beber cerveja com a Oli e às 2 da manhã decidimos ir dar uma volta para a rua que nós imaginávamos estar animada, todas as lojas abertas, cheia de luzes, cheia de gente, kebabs em todo o lado!! Mas, mal pomos o pé fora de casa, vem um frio desgraçado, as únicas almas nas ruas eram os cães e gatos que nos seguiam, as lojas todas fechadas e tudo escuro. Quase que só se ouviam os grilos e viam-se fardos de palha a passar. Cheios de fome, lá encontrámos um supermercado onde comprámos as piores sandwiches das nossas vidas por TRÊS(!) euros. Aquele pão, nem os cães mereciam de tão seco que era.
Sábado!! O meu dia começa bem! Arranjei uma nova engenhoca para engomar a roupa, muito prática lol. Na verdade, foi a prateleira de cima do meu “armário” que caiu e o resto foi atrás tipo dominó. Então, agora tenho a roupa toda espalmada, ou por outras palavras, engomada.
Esta foi o dia em que nos aventurámos e experimentámos novas comidas estranhas cujos nomes não sei pronunciar. Mas era qualquer coisa como uma espécie de sushi feito com pistacchio e noz (Horrível), outro feito de arroz enrolado em folhas de videira (bom), outro era um pudim de leite bem pegajoso e doce (óptimo) e o último, o sahlep, uma espécie de leite creme mas mais líquido com canela por cima (o melhor!).
Nessa noite, estivemos a fumar xixa (não é droga nem tabaco pai!!) e a beber chá com uns amigos num café onde conheci os empregados mais arrogantes de sempre. Eles tiram-nos a xixa da boca e ficam fumá-la e a falar connosco como se nada se passasse. Foi aqui que tirámos a nossa primeira fotografia dos três em Istambul!!
Depois, um turco levou-nos para um concerto. Claro que subímos uns 3 andares para entrar num bar cheio de gente, super escuro de tecto baixo com os da banda todos com ar de mau vestidos de preto. Nós, muito assustados, sentamo-nos, tentando passar por despercebidos, sem saber o que esperar daquel ambiente tão pesado. Faz-se silêncio para o vocalista de cabelos compridos e escuros da banda de “metal” começar a cantar e, das colunas, vem uma música bem leve, triste até. Bastante estranho! Uma banda que parecia da pesada afinal é uma banda triste onde o violinista parece que vai adormecer. Acaba a primeira música e o concerto dá uma volta de 360º, ás tantas estão a cantar La Bamba em turco e a dedicar Hotel California aos portugueses e, no fim, eu, a Marta e um turco já estavamos a dançar lá no meio muito animados. Senti-me num filme indiano por que estava tudo a dançar no género de Bollywood.
Viemos a saber que quase todos os nomes na Turquia e noutros tantos países têm significado como Ümut (esperança), Deniz (mar), Delan (Luz), Dorella (Música),... e pergunto-me: porque raio me chamo Mariana?! Também quero um significado! Aceito sugestões!
O truque aqui em Istambul é não parar quieto. Se pararmos por mais de 2 minutos na rua, a probabilidade de sermos abordados por qualquer tipo de vendedor ambulante aumenta para 90% e vai aumentando à medida que os segundos passam.
Domingo!! O dia do Senhor! Vallentine’s day!
Descobrimos onde comprar viagens para o nosso passe, e conseguimos, mais uma vez por meio de mímica e troca monetária. Não sei se sabem mas os turcos guiam tão bem como os indianos. O motorista do nosso autocarro estava louco no meio do trânsito caótico de Istambul, armou-se em racing e andava a ultrapassar toda a gente. Só me lembro de andarmos a cambalear pelo autocarro e o Fred deu com a barriga na cara de uma senhora que estava sentada lol. Andámos no metro novo a seguir, que de novo não tem nada... aquilo relincha e treme por todo o lado.
Chegámos perto da Mesquita Azul (uma das mais importantes) a tempo de ouvir uma banda tipicamente turca no meio da rua, mas só ouvimos a música do Pulp Fiction versão árabe e acabou. Seguimos até à Mesquita Azul que é ENORME, mas estava na hora de eles rezarem então tivemos de esperar para visitar. Para rezar dentro das mesquitas, só podem entrar as pessoas que lavaram os pés, mãos, pescoço e cara, por isso é que estavam muitas pessoas do lado de fora. Chegou a hora de entrar e temos de tirar os sapatos, os homens não podem entrar de calções e as mulheres têm de ter as pernas tapadas. Eu estava de leggins então tive de me tapar com um pano azul cueca, parecia que ia servir à mesa.
A Mesquita é linda. Eu pensava que as mesquitas eram todas um sítio escuro com ambiente pesado.Mas esta é linda, por dentro é branca, azul e encarnada, cheia de pinturas no tecto e muita luz. O chão leva alcatifa tão fofinha que apetece rebolar nela. Um dia vou por uns lenços na cabeça e fingir que sou turca e que vou rezar só para entrar na parte proibída.
Quando saimos de lá, fomos fumar Xixa (ou narguile) e beber chá num café tipicamente turco (onde toda gente joga gamão). Já a caminho de casa perdemo-nos pela primeira vez! Nós pedimos informações a um condutor de autocarro (mas tudo em turco, claro) e ficámos a achar que estávamos no autocarro certo. Quando começámos a andar eu achava que estávamos a ir na direcção errada mas o Fred e a Marta estavam convencidos que iamos bem e confiei. NOT! Eu tinha razão e acabámos perdidos num sitio qualquer onde o condutor nos expulsou. Lá acabámos por descobrir qual o autocarro certo e partimos em direcção a Besiktas. Subimos a montanha até casa onde convidámos a Oli para nos acompanhar numa sessão de cinema. O filme foi o Alice in Wonderland, o original da Disney, e foi muito bom recordar.
Segunda!!Hoje fomos comprar comida com a Oli para não andar sempre a comer fora. Ela vai agora cozinhar para nós =)
ESTOU QUASE A FAZER ANOS
ESTOU QUASE A FAZER ANOS
ESTOU QUASE A FAZER ANOS
ESTOU QUASE A FAZER ANOS!!...E estou na Turquia! =)
Choque social nao é tão grande como pensei que fosse. Não existem assim tantas mulheres de lenços, muito poucas estão todas de preto tapadas da cabeça aos pés e ainda não vi nenhuma de burca. Mas há tempo para tudo! É verdade que alguns cheiram mal. Mas são muito atenciosos , por vezes demais.
Entretanto continuo sem telemóvel, espero amanhã conseguir um e ponho aqui para quem quiser ligar (assim não pago nada se me ligarem e aí pagam buéééé eheh).
Continuando e não sabendo por onde começar ah a festa “Erasmus Party”: Ainda hoje não faço ideia onde estivemos mas que foi muito divertido isso foi. Tudo começou quando decidimos ir ter com a Mariana (outra erasmus de Portugal) a Taksim e a partir dela conhecemos cerca de 8 pessoas desde americanos a espanhóis até belgas. Dividimo-nos por táxis e seguimos um rapaz mais alto que andava com uma pastinha preta porque era o único que sabia onde era o tal Flat onde estava a haver uma festa Erasmus. As oportunidades tem que ser agarradas por isso fomos com eles e dentro do apartamento estavam imensas pessoas e musica muita alta e assim não vale a pena ser tímido ou não saber inglês, há sempre alguém a falar com alguém e a rir e a perguntar o nome, de onde somos e de que escola. Preocupo-nos um pouco (a biraz) terem dificuldade em perceberem onde fica Portugal mas como era tudo muito simpático e havia bebida para todos os gostos lá se passou uma bela noite a dançar e a tentar perceber toda a gente. Não me posso esquecer de mencionar o Nick do Canada e o Breant de Nova York e claro o Mustafa, o dono do apartamento! Na hora de ir embora e despedir das pessoas todos pediram facebook e troca de números porque eventualmente vamos encontramo-nos noutra altura e noutro sitio. Adicionarem-nos no facebook também é óptimo porque percebemos finalmente o nome das pessoas! Opinião sincera: gostei mesmo! Para voltarmos para casa basta dizer “Beskitas- Barbaros Boulevard” e segue… Hoje fomos finalmente conhecer os nossos tutores! O meu Mertin é super simpático, um bocadinho tímido talvez mas pelo menos tentou explicar-me tudo diretinho: tenho que escolher as minhas cadeiras mas estou a ver que vai ser mais difícil porque se por um lado quero fazer de tudo um pouco há sempre aulas que se sobrepõem e eu gostava de ter umas tardes livres… Sobre as instalações parecem-me boas, só não vi o estúdio porque estava fechado, mas a sala dos computadores tem uns 6 macs e outros 6 pcs e o laboratório de ampliação também me pareceu bom (o bichinho do analógico despertou logo). Do lado deles, designers, foi nos revelado um grande mistério! Quando líamos o nome Ümut pensávamos num homem bruto, e não é que nem é bruto nem é homem! É uma mulher super querida que lhes vai enviar um mail com o programa das cadeiras.
Desvendado o mistério, fomos passear pelas pequenas ruas de Besiktas e ainda há tanta coisa para descobrir. Eu e a Mariana experimentamos kebak e não eram assim tãao boas, temos que continuar a tentar. (a net continua incrivelmente lenta) Neste momento a Mariana foi ter com a outra Mariana a Taksim e pode ou não dormir na casa dela :P O Fred (que eles preferem chamar mesmo de Frederico) está na sala comum com a Oli (alemã que está a estudar noutra universidade, linguística!) e o Semi (que não sei bem o que faz da vida mas que está sempre no Starbucks na net), com quem eu também estive mas subi para actualizar aqui as novidades. Falamos de tudo que nos acontece, em inglês e como o Semi sabe turco as vezes tentamos dizer palavras como Cuma que é sexta-feira (porque hoje arranjamos um dicionário inglês-turco muito útil) e ele fica feliz por estarmos a tentar e por poder ajudar apesar de não saber bem a gramática da língua :P
Como sempre há imensos gatos por toda a parte...
Outro tipo de informações completamente aleatória: O meu quarto é incrivelmente quente. Temos um ambipur no nosso lance de escadas que volta e meia lança um cheirinho a Coimbra que chega até cá a cima. Continua frescote lá fora mas nada de ranger os dentes nem sinais de neve. Se soubéssemos o que sabemos agora (e isto é para futuros estudantes da Turquia) não fazíamos cá visto de estudante e seguro e ainda nos falta o visto de residência ,que nos sugam dinheiro à parva. O melhor é fazer o visto de turista, no aeroporto de cá e a cena é que têm que sair e voltar a entrar no país dentro de 4 meses ou que é mas isso até é uma coisa boa porque não é preciso tanta papelada. É só a nossa terceira noite e já parece que estamos cá há um mês. Espero que gostem das nossas aventuras, tanto quanto nós.
Depois de 7 horas de viagem (que segundo a mariana passaram a correr porque ela dormiu o caminho todo) chegámos ao aeroporto de Istambul! Foi surpreendentemente fácil orientarmo-nos no aeroporto onde depois de uma graande fila à espera do carimbo do visto conseguimos sair com todas as malas na mão. Quando saímos do aeroporto aparece um velho turco que fez as negociações com o taxista (que não dizia ma única palavra de Inglês) e que foi a nossa salvação apenas por uma gorjeta de 1 euro e qualquer coisa! :D
Nós chegamos em plena hora de ponta e já dentro do táxi, percebemos o quão caótica é a condução por aqui… Depois de um telefonema para o nosso housemate, Dieter, lá marcámos um spot (o famoso Starbucks) e tentámos pedir ao taxista para nos deixar lá (foi difícil mas conseguimos). Quando chegámos a Barbaros Bulevard caiu-me o maxilar, é uma avenida enorme que se à noite, cheia de neons, parece TImes Square (até os Taxis são amarelos NY). Saímos do táxi e em segundos duas pessoas vieram ter connosco, apresentando-se, o supracitado, Dieter que é alemão ou polaco (ainda não consegui perceber muito bem) e a Denize que é Turca e é nossa senhoria. Eles ajudaram-nos com as malas, que eram muitas e pesadas, e disseram: “it’s a bit far”. Nós tínhamos visto no Google maps e achámos que não era assim tão longe… o que o Google maps não nos diz é que é a subir, mas de uma maneira que parece as ruazinhas da alta de Coimbra… Em conclusão? Chegámos a casa mas aqui o Fred estava meio morto, asmático e a primeira coisa que disse quando entrou em casa foi: “I cannot Breath!”. Eles foram muito simpáticos e antes nos fazerem subir 3 andares para os nossos quartos, levaram-nos para a cozinha principal, onde nos fizeram um chá turco (o nosso primeiro!) que é óptimo! Até a Marta que não gosta de chá lá fez o esforço, por respeito, e bebeu-o. Passados alguns minutos chegou a Dylan, que é prima da Denize que tem uma outra casa aqui muito perto também cheia de Erasmus (e ao que parece aos sábados acontece um pequeno almoço tradicional, que dura umas horas, com as duas casas juntas) e que é muito simpática e deixou-nos muito à vontade. Entretanto foram aparecendo umas pessoas da casa e outras que não eram e que ainda não sei os nomes, porque são muitos e muito complicados. Por outro lado, consegui perceber que cá em casa somos 10 pessoas e dois cães entre, turcos, polacos, alemães, americanos e ingleses. De seguida, eles foram-nos mostrar a casa toda, que é linda e totalmente Erasmus :) (tirando a casa de banho que é a coisa mais estranha da vida…mas já percebemos que são todas assim... e que vai ser uma grande aventura…)
No dia seguinte, combinámos levantarmo-nos as 10h30 para irmos à faculdade… E assim foi, fomos tomar o pequeno almoço ao StarBucks e seguimos para a faculdade, que fica mesmo a 5 minutos de casa :D Chegámos à faculdade e a palavra Erasmus pareceu-me mágica, pois bastava dize-la para as pessoas sorrirem e abrirem portas. A faculdade é ENORME e linda de morrer, cheia de jardinzinhos e centenas de gatos (em Istanbul há milhares de gatos espalhados pelas ruas…e todos bem simpáticos!). Tratámos das papeladas todas e seguimos jardins a baixo (onde vimos alguns parques de fitness hilariantes) em busca de um OtoBus ou um Dolmus para irmos até Taksim com o intuito de comprar telemóveis turcos!
Lá conseguimos apanhar um OtoBus e perceber qual a paragem de Taksim… Quando chegámos à rua principal de Taksim fiquei abismado e fascinado com a quantidade de pessoas que por ali andavam… Nas ruas, ouviam-se rezas e a multidão (mais as rezas), cheirava a velas e comida e tudo brilhava. Estivemos cerca de 3 horas a passear pela avenida e a ver lojas e não vimos sequer metade… Conseguimos comprar os cartões e registar os telemóveis (aqui é uma complicação arranjar um telemóvel turco) e aqui está o número 053 972 582 16: TELEFONEM! :) Bem, voltámos para casa de Dolmus, que é um carro de 9 lugares onde toda gente entra e levam-nos para um destino fixo, comoum táxi mas para muita gente… Fomos às compra buscar coisas para as refeições pequenas…
(Taksim)
(Fitness park)
(a terra dos gatos)
(A agua pinar)
(O quarto do Fred)
(A casa de banho mais estranha das nossas vidas)
(a cozinha do nosso andar)
(o quarto da Mimi)
(o quarto da marta)
Bem, vou dormir que já muuuito tarde e acabámos de vir da nossa primeira festa de arromba, depois acabo as nossas aventuras…
• Não levar lençóis ou qualquer outra roupa de cama. • Preferir saias a calças. (para meninas) • Escolher o pijama mais leve. • Trocar calças de ganga por leggings. (para meninas) • Não levar roupa que sabes que não usas. • Não levar lembranças do teu país de origem. • Não abusar na quantidade de cuecas e meias. • Ter a certeza que alguém vai ter contigo a meio para te levar roupa de verão e trazer os casacos que levaste. • Não levar o computador e câmaras fotográficas na mala de porão. • Levar a higiene pessoal em miniatura. • Levar uma bagagem extra cheia de entusiasmo e diversão. • Sorrisos na cara e até amanhã Istambul.
